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Sua Felicidade Pode Durar Mais

O ser humano frequentemente se engana sobre o que o deixa feliz! Este é um fenômeno amplamente documentado pelos cientistas, nomeado como Previsão Afetiva.

Estou certo de que já passou pela seguinte situação: você acreditava que ficaria extremamente feliz com algum acontecimento em sua vida e, quando finalmente conseguiu o que queria, sua felicidade foi menor do que imaginava. A Previsão Afetiva é a nossa tendência em superestimar os efeitos positivos de acontecimentos futuros.

Uma das maiores ilusões que temos em relação à nossa felicidade está relacionada com o dinheiro. Sim, nós acreditamos que ganhar mais fará com que a nossa felicidade aumente e se sustente em níveis elevados para sempre. Mas a ciência mostra uma realidade bem diferente. Em um estudo feito por cientistas da Harvard e da Imperial College London, os níveis de felicidade e renda das pessoas foram acompanhados por 16 anos. Será que um aumento brusco na renda das pessoas produz mais felicidade? E se sim, por quanto tempo?

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A resposta para a primeira pergunta é sim. Já para a segunda, é quatro anos. Incrivelmente, os cientistas concluiram que ganhar mais gera um aumento imediato na felicidade das pessoas, no entanto, os níveis de felicidade delas voltam ao normal depois de quatro anos. Você imaginava que dinheiro não trazia felicidade duradoura? Se já desconfiava, gostaria de te explicar a principal razão: ela se chama Adaptação Hedônica. Você certamente já a experimentou, quando comprou aquele sapato lindo e, durante as primeiras semanas, queria usar ele todos os dias. No entanto, com o passar dos dias, aquele sapato já não te entregava a mesma felicidade de quando você havia acabado de o comprar. Por quê? Você se acostumou com o sapato! Esta é a Adaptação Hedônica: a facilidade que temos em nos acostumarmos com bens materiais, dinheiro e outras circunstâncias da vida. 

A pergunta que devemos nos fazer é a seguinte: vale a pena nos dedicarmos a objetivos que não vão aumentar a nossa felicidade?

Se a ciência aponta que não sabemos o que verdadeiramente nos deixará felizes no futuro, bem como que nos acostumamos com os prazeres do presente, o que devemos fazer para construir nossa felicidade? Segundo os estudos do cientista da Princeton, Daniel Kahneman — que também é ganhador do Prêmio Nobel — o segredo está em entender o quão felizes nos sentimos enquanto praticamos nossas atividades diárias.

Observe a tabela abaixo:

Após acompanhar em tempo real as atividades que milhares de pessoas realizavam em seu dia a dia, e a felicidade que sentiam enquanto as estavam realizando, Kahneman e seus colegas fizeram uma lista das atividades que deixavam as pessoas mais felizes, e também daquelas que as deixavam mais tristes. Perceba que as atividades que mais deixam as pessoas felizes são as que envolvem relacionamentos. Ter boas conversas com o cônjuge, amigos, familiares, colegas de trabalho e vizinhos é uma das maneiras de aumentar exponencialmente nossa felicidade diária, no entanto, muitas pessoas projetam que interagir com os outros será uma perda de tempo. A Previsão Afetiva nos prega uma peça novamente!

Da mesma forma, muitas pessoas projetam que ficarão extremamente felizes quando chegarem em casa do trabalho e finalmente puderem sentar no sofá para assistir TV, enquanto as evidências de Kahneman demonstram que assistir TV está no meio da lista das atividades que nos deixam felizes. O mesmo acontece quando você projeta que ficará feliz ao chegar em casa e navegar nas mídias sociais com tranquilidade, quando a verdade dolorida é a de que esta atividade é uma das que mais deixa as pessoas infelizes.

Por hoje, a minha dica para você construir dias mais felizes é a seguinte: faça todas as suas interações valerem a pena!

Capriche em TODAS as suas conversas e faça com que as pessoas com as quais têm contato no seu dia saiam inspiradas, felizes, animadas, encorajadas e com um sorriso no rosto! Converse com carinho com seus familiares e colegas de trabalho, mas principalmente com estranhos: o motorista do Uber, o caixa do supermercado, o atendente do açougue e o garçom do restaurante. Muitos estudos científicos revelam que as interações com estranhos são uma das nossas principais fontes de felicidade. Não perca estas oportunidades!

E se você ficou curioso com as atividades da tabela dentro da caixa vermelha, elas são as que mais deixam as pessoas infelizes: trabalho doméstico, trabalho no escritório e deslocamento para o trabalho. Mas nem toda notícia é ruim! Existem formas de você transformar esses momentos ruins do dia em momentos de grande alegria. No meu próximo post, vou compartilhar as pesquisas científicas sobre esse assunto!


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REFERÊNCIAS CIENTÍFICAS

Wilson, T. D., & Gilbert, D. T. (2003). Affective forecasting.

Di Tella, R., Haisken-De New, J., & MacCulloch, R. (2010). Happiness adaptation to income and to status in an individual panel. Journal of Economic Behavior & Organization76(3), 834-852.

Lyubomirsky, S. (2011). Hedonic adaptation to positive and negative experiences. Oxford University Press.

Kahneman, D., Krueger, A. B., Schkade, D. A., Schwarz, N., & Stone, A. A. (2004). A survey method for characterizing daily life experience: The day reconstruction method. Science306(5702), 1776-1780.

Sandstrom, G. M., & Dunn, E. W. (2014). Is efficiency overrated? Minimal social interactions lead to belonging and positive affect. Social Psychological and Personality Science, 5(4), 437-442. 


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Um abraço,

Luiz Gaziri

Professor de Pós-Graduação na Unicamp e FAE Business School

Autor de “A Ciência da Felicidade”, “A Incrível Ciência das Vendas” e “Os Sete Princípios da Felicidade.”

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