O cientista da Stanford, Claude Steele, realizou um experimento em que homens e mulheres deveriam resolver problemas de matemática. Para um grupo de participantes, o cientista informou que testes anteriores detectaram uma diferença de performance entre homens e mulheres — ativando nas mulheres o estereótipo de que são piores do que homens em matemática. Outros participantes foram informados não haver diferença detectada. Quando informadas da AUSÊNCIA de diferença no teste, as mulheres obtiveram desempenhos IGUAIS aos dos homens, mas quando Steele afirmou existir uma diferença, as mulheres performaram de forma inferior, comprovando desta forma a influência do estereótipo na qualidade de seus trabalhos.
Quando a cientista Talia Ben-Zeev fez mulheres resolverem problemas em trios compostos apenas por mulheres, mas em outras oportunidades compostos por uma mulher e dois homens ou duas mulheres e um homem, as mulheres obtiveram resultados piores quando realizaram a prova ao lado de homens. Ao lado de dois homens, as mulheres respondiam corretamente apenas 55% das questões, mas quando em um grupo exclusivo de mulheres, acertavam em média 70% das respostas.
Este fenômeno é conhecido como Ameaça do Estereótipo, e demonstra que grupos que carregam estereótipos têm PIOR desempenho quando estão cientes de como as pessoas IMAGINAM que irão performar. Toni Schmader e Michael Johns da Universidade do Arizona descobriram que vítimas de estereótipos apresentam uma redução em sua capacidade de memória, fazendo com que menos recursos cognitivos estejam disponíveis para que possam dar o seu melhor (Gráfico). Isto demonstra que mulheres não apresentam mau desempenho por que NÃO SÃO CAPAZES e sim, porque existem fatores emocionais as prejudicando.
Apesar de todas estas evidências, ainda existem pessoas que afirmam que as reclamações das mulheres no ambiente corporativo são “mimimi.”
As implicações destas descobertas são enormes, já que o desempenho de mulheres no ambiente de trabalho pode dar a FALSA impressão de que elas “não foram feitas” para assumir cargos mais importantes e assim, elas continuarão a ser deixadas de lado quando promoções estiverem disponíveis.
Para uma sociedade mais exitosa, é importante que estejamos cientes das evidências sobre as dificuldades enfrentadas pela mulheres, bem como das limitações que temos ao interpretar o desempenho delas. Esta conscientização é de extrema importância, já que cientistas das universidades de Columbia e Maryland analisaram dados de diversidade em cargos gerenciais nas 1.500 principais empresas na lista da S&P entre 1992 e 2006 e descobriram que companhias com lideranças femininas geravam USD 42 milhões adicionais no valor da empresa.
Por favor compartilhe esse artigo e seja um apoiador das mulheres para que elas consigam as oportunidades que merecem. O Dia Internacional da Mulher não exige apenas comemoração, mas principalmente ação!
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