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Sua Sobrevivência Depende Disso

Imagine que você está atravessando a rua de mão dada com a sua filha e, de repente, ela solta da sua mão e começa a correr. Você avista um carro em alta velocidade que fatalmente irá atropelar a sua pequena, mas se você correr e empurrá-la, você será atropelada e a criança será salva. Qual decisão que você tomaria? Praticamente qualquer mãe ou pai respondem que sacrificariam sua própria vida para salvar a da filha. Por quê? Se o humano fosse individualista como muitas pessoas pensam, a decisão que qualquer um tomaria era deixar a criança ser atropelada. No entanto, automaticamente, sem nem pensar, empurramos a criança e morremos no lugar dela. Esta decisão, instalada em nossos genes, é comandada pelo fato de que entendemos que nossos filhos têm mais chances de reproduzir e passar adiante cópias dos nossos genes do que nós mesmos, que já estamos mais velhos, estabelecidos em um casamento e, portanto, com menos chances de produzir novas cópias dos nossos genes concebendo novos filhos.

Garantir novas cópias dos nossos genes é um dos motivos de favorecermos nossos familiares.

Mas essa é só uma parte da história: diferentemente de muitas outras espécies, o ser humano não favorece apenas seus familiares. Jonathan Haidt, da New York University, afirma que a caraterística que possibilitou uma cooperação além do círculo familiar para a nossa espécie foi a criação de sistemas de responsabilidade, onde aqueles que se comportam adequadamente crescem na hierarquia do grupo, ganhando a admiração e respeito dos demais, enquanto os aproveitadores e trapaceiros que não se esforçam e mesmo assim querem desfrutar das vantagens obtidas pelo grupo, são excluídos ou permanecem em níveis inferiores da hierarquia. Ser visto pelo outros como alguém moral, de acordo com Haidt, é mais importante para o indivíduo do que, de fato, ser alguém moral. Não sei o motivo, mas todas as vezes que leio esta frase, eu lembro dos políticos brasileiros. 

Em comunidades maiores compostas por pessoas que não necessariamente compartilhavam genes, aqueles com comportamentos não cooperativos estavam fadados à extinção. Após testarem exaustivamente inúmeros modelos matemáticos que simulam relações colaborativas e individualistas entre um grupo de pessoas, os cientistas Karl Sigmund da Universidade de Viena e Martin Nowak da Harvard, concluíram que mesmo que grupos fossem compostos majoritariamente por trapaceiros que querem apenas se beneficiar do trabalho alheio, as poucas pessoas que utilizassem a estratégia de cooperação continuaram vivas, enquanto os aproveitadores e trapaceiros levariam um ao outro à extinção. Isto significa que os retornos maiores para a sociedade acontecem quando os grupos são compostos por pessoas altruístas, que sempre começam uma relação cooperando com os outros e tentam estabelecer confiança.

Cientistas se dedicam há anos para encontrar a ligação entre o altruísmo e a Teoria da Evolução de Charles Darwin (Crédito da foto: English Heritage)

Quando cientistas como Nowak e Sigmund analisam milhões de combinações entre o relacionamento de indivíduos cooperativos e trapaceiros, as conclusões sobre as melhores estratégias para manter um grupo de não familiares vivo são as seguintes:

1. Sempre começar uma relação cooperando

2. Continuar cooperando com uma pessoa depois dela cooperar com você

3. Trapacear a outra pessoa somente após ela ter te trapaceado duas vezes seguidas. Neste caso, a explicação por esperar duas vezes é que em muitas ocasiões, uma pessoa trapaceia por engano ou o comportamento da outra pessoa pode ter sido interpretado por você de forma errada.

4. Se após a sua retribuição da trapaça, descrita no item 3, a outra parte continuar trapaceando, imite o comportamento dela. No entanto, depois de uma sequência de momentos não cooperativos, tente cooperar de novo. Na maioria das oportunidades, o comportamento altruísta retorna.

Esta tática de começar cooperando e posteriormente imitar o comportamento da outra pessoa é conhecida como Olho Por Olho.

Lembre-se que na maioria das nossas relações, não “negociamos” apenas uma vez com as pessoas, portanto, mesmo que a trapaça seja o movimento que te traga o maior lucro instantâneo, no longo prazo ela fará com que outros indivíduos evitem se relacionar com você, o levando a miséria, ou pior, à morte. Peceba que, naturalmente, indivíduos trapaceiros não obtém sucesso em produzir novas cópias de seus genes, ficando fadados à extinção, como rege a Teoria da Evolução de Darwin.

Leve essa lição para suas relações de amizade, amorosas, comerciais e corporativas — a continuidade dos seus genes depende dela.

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Um abraço,

Luiz Gaziri

Professor de Pós-Graduação na Unicamp e FAE Business School

Autor de “A Ciência da Felicidade”, “A Incrível Ciência das Vendas” e “Os Sete Princípios da Felicidade.”

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